quinta-feira, 2 de abril de 2009

Silêncio, e solidão






Vazio, ausência de som, palavras.

Sem qualquer regra estilística, gramatical, verbal.

Apenas o correr dos dedos pela folha em branco, amachucada, alisada, amarrotada, confusa entre cada vinco feito pelos meus dedos.

Inconsistência, não sei se se deve ao contexto ou apenas ao meu ser, ou ausência de ser, apenas... vago.

Corpo ausente e vazio, que escreve sem saber bem o quê, para quê, talvez apenas para escrever, dizendo "sou eu próprio" de forma autómata e desprovida de significado, pronunciando estas palavras sem falar verdadeitamente, dizendo por dizer, apenas para dizer, qualquer coisa.

Escrever, apenas, num emaranhado de linhas, ideias que me ocorrem, vagas, desactivadas de todo, simplesmente vazias.

A solidão é um momento querido, que esmaga e nos envolve, silenciosamente, num nada, apenas, e simplesmente, assim.

1 comentário:

  1. Papoila!
    Finalmente com um blogue! Fantástico! De certeza que enriquecerás este pequenino espaço virtual com a tua criatividade e originalidade!

    Gostei muito do teu texto. Muito franco e humilde mas simultaneamente bonito.
    Continuarei a passar por aqui! Força!

    Beijinhos!

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