sábado, 28 de abril de 2012

O Toque e a Dor



"Às vezes o preço a pagar por existir pode ser a dor: melhor do que tu não teres nada para dizer sobre mim (...) é dizeres algo que me toque, nem que esse "toque" seja dor..." (Gonçalves e Vasco, 2001)


Toca-me. Por favor, magoa-me da forma que quiseres, com a tua frieza, com a tua altivez e contacto distante, com a tua instabilidade. Mas toca-me. Por favor, porque dói tanto a solidão. É doloroso olhar em redor e ver-me apenas entre o vazio das pessoas. Sentir-me sem nada que me puxe para a terra, que me agarre. Apenas vejo distância nos gestos sem significado, migalhas de atenção por simples pena. Mas toca-me de qualquer forma. Dá-me a mão, abraça-me. Não me deixes sozinha neste universo sem sentido, nos milhares de estrelas e galáxias em que me movo, sou apenas um ser infinitamente, eternamente, só. 

Desculpa se ao te tocar te uso de alguma forma. Desculpa se te crio expectativas a que não posso corresponder. Desculpa se te permito acreditares que isto vai dar certo, apenas porque eu me sinto só e preciso que me toques. Também me dói a mim que as coisas não tenham resultado. E acima disso, dói-me a tua ausência na minha vida quando continuei a preencher a tua. Cedo. Desculpa. Mas por favor, toca-me.

False Truths


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Hug.


Little girl's answer

Ok. I get it. I'm scared. But I'll keep waiting.

Old girl's reaction


Little girl says...

You let me fall ...

but... 

(so fucking sweet)

domingo, 22 de abril de 2012

Hug, 1.


Go hug the little child who has lost herself on time.
Stop beating her.
Love her.
She has been waiting for you all this time.