sexta-feira, 25 de junho de 2010

E o que chamar a pedaços da minha existência?

Solitárias, as palavras que se soltam dos lábios dos loucos. Que percorrem o seu eco chegando, apenas, ao vazio. Tristes as vozes que gritam, silenciosas. Ninguém as ouve, ou talvez ninguém as queira ouvir. O mundo gira no seu egocentrismo, surdo aos apelos de justiça por parte dos seus sofredores. As cordas da angústia rasgam-se dentro dos gritos inaudíveis de quem perde o coração e a memória esquece os momentos que poderia recordar. Apenas sobram sensações de vazio, entrecortadas por uma dor profunda, tão grande que não deixa espaço às forças para que alguma lágrima pudesse, sequer, cair. A dor da traição é invasiva e corrosiva, roendo duramente as entranhas do que poderia ser o coração.
E que raio é que eu aqui faço?!