domingo, 26 de julho de 2009

A solidão.

Ler, jogar, desenhar, ver um filme... são as actividades com que muitos de nós ocupam os seus tempos livres. Mas porque é que o fazemos?
Pois a mim, parece-me que estas actividades se destinam a um único propósito – estarmos completamente alheados do mundo, quando estamos sem ningúem. Uma fuga à realidade e, sobretudo, aos nossos pensamentos e a nós mesmos.
Ou será que estas actividades são para estarmos connosco mesmos? Para passarmos algum tempo a sós connosco? Não. Discordo. Se quisessemos estar a sós com nós mesmos, então ocupariamos o nosso tempo de forma muito diferente. Poderiamos simplesmente sentarmo-nos e reflectir. Conversar connosco, esclarecer tudo o que temos pendente nas nossas vidas. Mas porque é que tão poucos de nós perdem tempo a sentar-se consigo mesmos e conversarem consigo?
Temos medo da solidão. Não suportamos a voz do nosso próprio espírito, a mente atraiçoa-nos com facilidade e deixamo-nos emranhar em redes e ilusões que ela cria para nos sentirmos melhor. Por isso não queremos conversar connosco. É mais fácil esgotar recursos cognitivos com outras actividades que nos impeçam de ficar verdadeiramente sozinhos do que enfrentarmos as nossas realidades.
Mas o que me parece mais paradoxal e ao mesmo tempo, mais interessante, é que tentarmos fugir de nós próprios desta forma é o maior sinal de solidão interior que pode existir.
PS - É apenas uma visão dramática do que leva algumas pessoas a fazerem estas actividades. Não descarto o facto destas actividades darem muitas vezes prazer e serem essenciais para relaxarmos um pouco. Quem não gosta de se deitar no sofá a ver um bom filme? :)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Música de Filme



Uma das melhores músicas do mundo, para mim.

Hoje penso em desespero aprendido. Mas depois penso que o meu desespero não se trata de nada aprendido, mas sim de um produto de algo que não posso mudar.
Ontem, ao adormecer, pensava que o pior sentimento do mundo era a frustração.
Antigamente, achava que o pior sentimento do mundo era o desprezo.
Hoje, penso que há coisas muito piores no mundo. Contudo, esse é, frequentemente, um argumento usado a favor do "estás mal mas há quem esteja pior". Para mim este argumento é muito estúpido. Eu não consigo deixar de me sentir frustrada por saber que há pessoas piores que eu. Há sentimentos piores, mas isso não invalida a forma como me sinto. Claro que isto é passageiro e o meu mundo não acaba aqui, mas para mim houve uma porta que se fechou. Mas pronto, não me posso queixar.
Tenho aquilo que preciso, as pessoas que preciso, e fechar-me em teias seria verdadeiramente estúpido para alguém como eu.
Vou continuar a acreditar que terei sempre força para chegar onde quiser.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Idade do Gelo 3




Aconselho, é super cómico e é impossível não rir e não saír bem disposto do cinema!!

(E boa disposição é daquilo que eu preciso hoje... --')

domingo, 19 de julho de 2009

Pocahontas

Hoje...




"Hoje o medo apoderara-se.
Escondido entre as pedras da maré baixa, o vento sussurava - não o faças.
As ondas exclamavam - tem cuidado.
A razão gritava - NÃO.
Mas o coração? O coração... contra todos os princípios lógicos ou abstractos, o coração contrariava tudo, tentava superar os medos e as barreiras.
Da forma mais absurda e ilógica, contra um suave grito, ela decidiu caminhar.

E descobriu que o único perigo daquele caminho era o medo de nem sequer tentar percorrê-lo."

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Zeus e a Leitura

“Até o mais poderoso dos deuses, Zeus, tem de aprender a ler como qualquer pequeno ser humano. Como é possível que ainda alguém pretenda que aprender a ler é fazer hipóteses sobre as palavras escritas ou deixar-se impregnar por elas? Seria mais fácil conseguir descobrir a combinação de um cofre-forte por tentativas e erros...
É que o código da escrita alfabética só é uma combinação a partir do momento em que se conhecem os seus elementos. E nenhuma criança conhece os seus elementos antes de começar a aprender a ler. É esta dependência recíproca que cria a dificuldade da aprendizagem da leitura. As letras do alfabeto, isoladas ou em pequenas sequências, não representam sons, representam fonemas. Este é o princípio alfabético.
Se a criança não dominar o princípio alfabético, ela não poderá ir além do reconhecimento de algumas palavras escritas cuja forma já memorizou, não poderá ler palavras novas.”
Falou um psicolinguista.
Morais e Kolinsky, 2005 - A Última Metamorfose de Zeus

terça-feira, 14 de julho de 2009

Cruzeiro da Amizade




Numa noite fiz um cruzeiro.
Embarquei numa viagem pelos caminhos da amizade.
Explorámos cavalos marinhos, redes de pesca, escorregas e baloiços.
Partilhámos o leme. Partilhámos brincadeiras, risos e banalidades.
Fomos crianças por uma noite, crianças grandes, mas ainda assim crianças.
Crianças com o poder de sorrirem, crianças com a sua vida nas mãos e não crianças que assim o são por beberem alcool ou ingerirem outras substâncias.
Fomos nós, ao mais puro nível, numa simples noite de Verão, gelada (irresponsáveis crianças!), onde nos divertimos tanto.
Numa noite onde um jogo de cartas chega para afastar qualquer sono e onde o tédio esteve proibido de entrar.
Numa noite onde o difícil fica simples.
Numa primeira noite de férias, que prometem ser fantásticas, pelas companhias fantásticas.
E a felicidade é feita de momentos como estes cruzeiros, que desejo, francamente, repetir brevemente.
Ainda mais feliz fico ao pensar o quanto sonhei, durante a minha vida, com momentos como estes, o quanto escrevi, durante a minha vida, sobre amizades como estas, e ninguém sonha o quanto eu valorizo o facto de depois de tantos sonhos encontrar uma realidade assim!
Sempre tinha sonhado em fazer um cruzeiro!!


Pérolas da Noite:
- "Cuidadoooooooo. Um icebeeerg!!" - "Ahah, por momentos pensei que ias dizer ICETEA!!"
- Triiiiim. Allô, fala o lixo. De onde? Do caixote do lixo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Hugs



A imagem fala por sii :)
Obrigada Joaninha!!