segunda-feira, 11 de maio de 2009

Não sei bem.

Apenas um mundo.

Soltas.

Nada de sentidos, nada de figuras estilísticas, truques verbais, gramaticais, apenas eu, no meu puro descoberto ser, inconsistente apenas, entre tantos sons, tantos outros, tantos tudos ou nadas.

Eu na estrada que não sei onde acaba, eu no caminho angustiante que é viver, apenas eu, sozinha, sem compreender o porquê dos meus momentos de solidão quando por hábito acompanhada sou tão enérgica. Mas a letargia é inundante, a incapacidade de movimento, apenas fico em silêncio, silêncio esse entrecortado apenas pelo teclar regular ou irregular que origina este texto confuso, sem nexo, apenas eu, demonstra apenas como me sinto, ou a minha inconsistência, não sei se é o contexto que me transforma neste monte de ossos, pele e cabelo que se senta diariamente numa mesa estando ausente, tentando escrever coisas sem nexo muito pouco artísticas, mas apoderada por uma sensação de ausência, tentando negar o que seria obvio de admitir, tentando afastar-me de devaneios que me apoderam a mente, tentando procurar uma forma para me afastar, para viver de forma mais plena, menos só.


Sou uma criatura só, esta é a minha natureza, sempre o fui, desde criança, cresci e crescerei sozinha e a minha solidão é por vezes minha amiga, outra inimiga, e outras vezes apenas ausente. E não sei se quero mudar, ou se há algo para mudar nisto.


O meu corpo escreve este texto mas eu estou ausente, a ausência de expressões faciais, raros movimentos, nenhum sentimento, apenas vazio. Silêncio, e solidão.
PS - Escrito no início de Abril - Obrigada pai, os meus textos perdidos sempre estavam guardados nos rascunhos do blogspot!! :D

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