quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Citânia de Briteiros




"A citânia de Briteiros é um sítio arqueológico da Idade do Ferro, situado no alto do monte de São Romão, na freguesia de Salvador de Briteiros, concelho de Guimarães (a cerca de 15 km de distância a Noroeste desta cidade). É uma citânia com as características gerais da cultura dos castros do noroeste da Península Ibérica.

As ruínas foram descobertas pelo arqueólogo Martins Sarmento em 1875. Consiste, basicamente, nos restos de uma povoação, com traços culturais celtas, murada. Existem, na realidade, três muralhas, com dois metros de largura, em média, e cinco metros de altura. A citânia situa-se num alto, tal como acontece com muitos castros."

Trata-se de um povoado proto-histórico, ou seja, um povoado datado de entre os séculos IX e II a.C., algures entre a Idade do Bronze Final, a Idade do Ferro e a II Idade do Ferro.

Li ontem, integralmente, um livro que comprei na Citânia há 1 ano atrás. O livro é um óptimo ponto de partida para compreendermos melhor do que se trata a Citânia de Briteiros.
Pensava que a Citânia de Briteiros era um dos melhores exemplos da passagem dos celtas pelo território português, mas descobri que na verdade, o arqueólogo que explorou a Citânia (Martins Sarmento) aceitava essa hipótese com muitas reservas. A realidade é que os povos que habitaram esta citânia continuam a ser um enigma para os diversos historiadores.

Apesar das incertezas históricas sobre o passado desta citânia, aconselho vivamente a que quem puder a visite. É rica em história, tecnologia, ruas (ainda) empedradas, vegetação, paisagem...
Visitar esta citânia por completo não leva menos que hora e meia, e mesmo assim, eu preciso de mais tempo quando lá vou. É fascinante percorrer os caminhos, golpeados pelo tempo, que outrora consistiam as artérias principais da citânia. É fascinante percorrer as habitações e poder pensar que outrora aquelas réstias de paredes acolheram famílias inteiras, gado, oficinas metalúrgicas e uma infinidade de histórias que não podemos imaginar.
É fascinante visitar a casa do conselho, a acrópole, os castros reconstruídos, e imaginar as vidas de pessoas nesses espaços há apenas cerca de 2000 anos atrás.
É, para mim, um ponto de passagem obrigatório nas minhas férias de Verão.

Site oficial (onde é possível uma visita virtual muito menos fantástica do que a visita presencial) aqui: http://citania.csarmento.uminho.pt/

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