Então, enquanto seres humanos tolos que somos, buscamos a segurança nas nossas acções e interacções. Qual será a melhor forma de encontrarmos essa segurança? Na perfeição das nossas acções, numa busca sedenta por uma vida sem erros e julgamentos que nos permita viver sem culpas e felizes com tudo o que nos rodeia. O problema reside na lógica deste argumento, que não tem lógica - podemos observar a perfeição, acreditar que existe, até mesmo reconhecê-la em certas pessoas. Mas as pessoas perfeitas parecem feitas de plástico, sem sentimentos e qual é o ser humano perfeito que não sente e não se emociona e ainda assim é perfeito? Não posso acreditar em pessoas de plástico. A solução é talvez criar uma zona de conforto onde nos permitamos errar sem culpas, sem perseguições a nós próprios e sem tentarmos perseguir e vestir personas que não somos. Talvez o alívio que resulte daí seja mais duradouro do que aquele que deriva de actos de loucura sem qualquer possibilidade de perpetuação no tempo.
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