segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Linhas

A Matilde fala em escrever sobre cadernos e a mim sai-me uma coisa destas (:P):
Linhas, pequenos caminhos inconscientes do sonho, da emoção ou da razão. Pedaços de existência soltos em mim e numa página branca, escrita em paralelo à minha vida. São um tracejar prolongado num infinito ausente. Em simultâneo, projectado num futuro próximo, são partes de um ser que se liga por palavras, numa eterna companhia às brancas linhas. A solidão ou a razão, a presença ou a ausência, pedaços apenas, breves e simples, efémeras linhas que esperam a confusão da catarse de sentimentos que as preencherá num breve momento.
As linhas brancas e suaves que esperam o correr da tinta que as magoará, riscará, arranhará. As agressões esperadas em silêncio sem qualquer som, numa fusão da violência com o branco do papel, sem qualquer grito, apenas num silêncio ensurdecedor.
As linhas que não existem.

2 comentários:

  1. Tá bonito! Tens jeito para isto :) Agora passar isso para vídeo... :D

    Vais ter que escrever um livro ( e não um caderno :p)é obrigatório!

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  2. Pois, não sei bem como colocar isso em imagens, mas há de sair qualquer coisa eheheh
    E Obrigadaaa! :)

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