Ontem, 6ª feira Santa, participei na procissão da Via Sacra realizada em Carcavelos.
Sendo eu uma fã absoluta de tradições e pequenas aldeias, não resisti a participar na Procissão por a querer observar enquanto festa, não propriamente do ponto de vista religioso mas sim para conhecer as festas da vila em que vivo.
Em primeiro lugar, adorei participar. Adorei pelo simples facto de sentir que partencia a algo maior que eu. No fundo, a igreja é algo que nos transcende, algo que nos abraça e envolve num contexto, nos fornece mais uma identidade social, uma nova casa, uma nova força - algo maior que nós, um todo maior que as partes.
Compreendi o porquê de muitas pessoas, por vezes idosas e solitárias, se refugiarem na missa e nas Igrejas. Sentirmos que pertencemos a algo que nos transcende é fascinante, desperta mistério e faz-nos sentir bem. Senti-me dessa forma ao participar na Procissão - no meio de desconhecidos, mas todos unidos por algo maior que nós, algo que nos transcendia.
Por outro lado, há muitos anos que me desliguei da Igreja, que não ia à missa.
Acho que ontem, ao fim de muitos anos, senti vontade de acompanhar os restantes fiéis no Pai Nosso (que confesso, já não me recordava de alguns versos).
E, contudo, senti que a religião católica não me faz sentido algum. Para mim, Deus existe, mas não com todas as cerimónias e cláusulas que a igreja católica cria. Para mim essa existência é livre, longe de orações pré-definidas, de castigos para pecados, de busca pela vida eterna... esse discurso não é meu e não quero vesti-lo.
A Marisa, editora de um livro sobre silêncio, disse que Deus existia, apenas preferia chamar-lhe silêncio. Talvez ela esteja certa. Talvez Deus seja um silêncio e paz que nos rodeia, um conforto que podemos encontrar nas nossas linhas de existência, um canto dentro de nós onde podemos encontrar protecção.
Deixem-me em paz com histórias de céu e inferno, de castigos para pecados, de rituais que não me fazem sentido.
Deus tem que ser simples, tem que ser amor, tem que ser moralidade. Não pode ser toda a imoralidade que tem invadido a Igreja Católica nos últimos dias.
Creio que o resto não passa de rituais que me impressionam e assustam e que nenhum sentido me fazem. Nem me falem em deuses que nos dizem para nos matarmos por religiões, para criarmos guerras e vítimas em nome da religião.
Deus tem que ser interior. Deus, para mim, é paz...
Sendo eu uma fã absoluta de tradições e pequenas aldeias, não resisti a participar na Procissão por a querer observar enquanto festa, não propriamente do ponto de vista religioso mas sim para conhecer as festas da vila em que vivo.
Em primeiro lugar, adorei participar. Adorei pelo simples facto de sentir que partencia a algo maior que eu. No fundo, a igreja é algo que nos transcende, algo que nos abraça e envolve num contexto, nos fornece mais uma identidade social, uma nova casa, uma nova força - algo maior que nós, um todo maior que as partes.
Compreendi o porquê de muitas pessoas, por vezes idosas e solitárias, se refugiarem na missa e nas Igrejas. Sentirmos que pertencemos a algo que nos transcende é fascinante, desperta mistério e faz-nos sentir bem. Senti-me dessa forma ao participar na Procissão - no meio de desconhecidos, mas todos unidos por algo maior que nós, algo que nos transcendia.
Por outro lado, há muitos anos que me desliguei da Igreja, que não ia à missa.
Acho que ontem, ao fim de muitos anos, senti vontade de acompanhar os restantes fiéis no Pai Nosso (que confesso, já não me recordava de alguns versos).
E, contudo, senti que a religião católica não me faz sentido algum. Para mim, Deus existe, mas não com todas as cerimónias e cláusulas que a igreja católica cria. Para mim essa existência é livre, longe de orações pré-definidas, de castigos para pecados, de busca pela vida eterna... esse discurso não é meu e não quero vesti-lo.
A Marisa, editora de um livro sobre silêncio, disse que Deus existia, apenas preferia chamar-lhe silêncio. Talvez ela esteja certa. Talvez Deus seja um silêncio e paz que nos rodeia, um conforto que podemos encontrar nas nossas linhas de existência, um canto dentro de nós onde podemos encontrar protecção.
Deixem-me em paz com histórias de céu e inferno, de castigos para pecados, de rituais que não me fazem sentido.
Deus tem que ser simples, tem que ser amor, tem que ser moralidade. Não pode ser toda a imoralidade que tem invadido a Igreja Católica nos últimos dias.
Creio que o resto não passa de rituais que me impressionam e assustam e que nenhum sentido me fazem. Nem me falem em deuses que nos dizem para nos matarmos por religiões, para criarmos guerras e vítimas em nome da religião.
Deus tem que ser interior. Deus, para mim, é paz...
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