"A liberdade é o resultado da nossa ignorância". (George Elliot)
Será?
Talvez sim. O mundo encheu-se de autómatos. Todos os dias encontramos novos sinais de que o nosso comportamento é automático. As nossas opiniões são estereotipadas, os nossos movimentos diluem-se nas multidões, seguimos os passos do destino como se a nossa sina estivesse traçada. Originalidade? Onde? No fundo, a maior parte dos nossos percursos segue uma componente social, fazemos aquilo que seria suposto fazermos, desde crianças, a adolescentes, a jovens, a adultos e a idosos.
Se pensarmos em rebeldia adolescente por exemplo...não é isso que se espera dessas idades? No entanto eles proclamam-se originais...
Todos os dias no comboio, no metro, no trânsito... seguimos percursos de olhos fechados, fazemos o que a Sociedade nos aconselha a fazer. A originalidade perde-se num mundo em que ser original é praticamente ser igual a todos os outros.
Dispensamos reflexões, perdemo-nos em trajectos obcessivos e circulares, em rotinas, impaciência, o mundo perde o sabor e seguimos as nossas vidas achando que somos felizes.
Liberdade? Só se resultar mesmo da nossa ignorância. Porque constantemente condicionamos a liberdade das nossas acções ao socialmente aceite. É assim que funciona - a nossa liberdade acaba na liberdade dos outros.
Mas todos vivemos felizes a sermos ignorantes.
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