Apetece-me rir da estupidez das pessoas.
Apetece-me rir de todos os tontos que se julgam donos do mundo quanto não detêm sequer conhecimento sobre si mesmos.
Apetece-me rir daqueles que julgam ser melhores que todos, por serem os mais inferiores. Apetece-me rir dos egoístas, que na verdade nada possuem.
Apetece-me rir dos abraços que os parvos dão aos que com eles são cínicos, enquanto viram as costas àqueles que lhes disseram palavras sinceras menos agradáveis de ouvir.
Apetece-me rir dos apressados que não compreendem que a sua pressa nunca os levará a lado nenhum.
Apetece-me rir dos histéricos que com tantos gritos não se ouvem a si mesmos.
Apetece-me rir das conversas mesquinhas mal intencionadas.
Apetece-me rir do mundo, apetece-me rir das conclusões ridículas e rudimentares que muitos atingem, apetece-me rir da estupidez dos que se julgam senhores de tudo, pela sua pequenez.
Pensar que as nossas vidas acabarão todas no mesmo sítio, e que, quando esse dia chegar, nada restará dos nossos actos fúteis e idiotas. E na dita Vida Após a Morte, constataremos o quão ridículos conseguimos ser em vida.